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Embarcando no Mundo dos Jogos Digitais

Anna Luiza
21 de mai. de 2015
3 min de leitura

Quando você entra nesse território de produção de jogos digitais, tão pouco desbravado nacionalmente, sendo um mero mortal brasileiro, provavelmente escutará muitas perguntas do tipo: "Por que jogos ?" "Mas e trabalhar vai trabalhar com o quê ?" "Mas com essa faculdade da pra trabalhar em outra coisa também?""Mas você vai fazer joguinho?" " Tem isso no Brasil?" , e olhe que essas são só exemplos das pérolas que já escutei desde que decidi Cursar Jogos Digitais.

Concordo que realmente no Brasil é um mercado novo, ainda não desenvolvido completamente, não temos uma Activision com seu Call of Duty ou qualquer outra empresa com super produções anuais, nosso foco não são os jogos AAA.

Mas isso não é o fim do mundo, muito pelo contrário, estamos com uma possibilidade enorme nas mãos, podemos direcionar o crescimento desse mercado para onde quisermos e inteligente será quem souber aproveitar essa época. Afinal, o que seria de Steve Jobs se tivesse desistido por inicialmente as pessoas não entenderem por que precisavam de computadores pessoais.

O cenário já está mudando, basta olhar ao redor, numa simples volta do trabalho nos ônibus, trens e metros de São Paulo, conte quantas pessoas você vê jogando em celulares. Tenho certeza que encontrará muitas, o que mostra mais ainda como os jogos já fazem parte do cotidiano das pessoas.

Para termos alguma ideia dos números, internacionalmente a indústria de games já superou a produção de Hollywood. No Brasil segundo o SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio as Micro e Pequenas Empresas) o mercado nacional de games movimentou R$ 5,3 bilhões em 2012 e obtém uma média de crescimento de 30% ao ano.

O crescimento do mercado de games é uma oportunidade lucrativa do segmento de Economia Criativa. Os dados referentes ao crescimento do setor no Brasil e as perspectivas de expansão do segmento de quadruplicar o faturamento até 2016, revelam a existência de oportunidades de negócios. (SEBRAE, 2012)

O setor brasileiro de games é considerado como atividade da Economia Criativa, pois aliam a criatividade ao seu valor econômico, os Jogos Digitais ultrapassaram o viés do entretenimento. Hoje, os games são importantes ferramentas pedagógicas utilizadas em escolas e em treinamentos empresariais.(GUIA DO ESTUDANTE, 2014)

Já passamos por épocas piores com nossa "ilustríssima" ex-ministra da cultura, Marta Suplicy, dizendo que jogos não são cultura. A situação já está melhor que alguns anos atrás.

Estamos falando de um mercado na mais franca expansão em um mundo em crise, e para o qual ainda não nos organizamos para nele competir. É uma cadeia de produção que fatura mais que o cinema e que obtém o dobro do lucro que a música. (FERREIRA Juca, 2015)

"Quero mostrar que vídeo games são uma economia possível para o Brasil", diz Juca Ferreira atual ministro da cultura no Brasil.

E também temos grandes produções, alguns dias atrás, no dia 12 de maio de 2015, o game brasileiro "Toren", primeiro jogo nacional financiado com ajuda da Lei Rouanet (isso mesmo uma lei nacional que bancou), foi lançado para PlayStation 4 e PC.

Esse ano também o jogo brasileiro Treeker: Os óculos perdidos, é finalista pela primeira vez do principal prêmio do BIG FESTIVAL, evento onde no ano passado a própria Sony estava em busca de estúdios independentes para investir.

Já deu para ver que tem um pessoal fazendo um ótimo trabalho. Existem sim oportunidades, o fator que vai determinar você ter sucesso ou não vai ser o mesmo de qualquer outra profissão, será se você é um BOM profissional, não um mediano, e o quanto corre atrás de oportunidades.

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E pra você que se pergunta por onde começar: